Angola só vai aproveitar ‘acordo de livre comércio’ se fizer reformas e apoiar as pequenas e médias empresas, diz ONU

Outubro 20, 2025 - 21:40
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Angola só vai aproveitar ‘acordo de livre comércio’ se fizer reformas e apoiar as pequenas e médias empresas, diz ONU

O coordenador residente das Nações Unidas em Angola, Diego Zorrilla, alertou que o país só vai conseguir aproveitar as vantagens do acordo de livre comércio no continente se apostar em reformas e apoiar as pequenas e médias empresas.

“O sucesso de Angola no âmbito do acordo sobre a zona de comércio livre continental africana (AfCFTA, no original em inglês) dependerá de reformas que reforcem a competitividade, as infraestruturas e a produtividade, a par de um apoio específico às micro, pequenas e médias empresas (MPME), às mulheres e aos jovens empreendedores, em consonância com o Pilar da Prosperidade do Quadro de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (UNSDCF)”, lê-se num comunicado da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA).

Zorrilla falava no Fórum Nacional sobre a Estratégia de Implementação e o Plano de Acção do AfCFTA, que se realizou na semana passada em Luanda, e no qual deixou também elogios ao governo e reafirmou o apoio contínuo da ONU à implementação da Estratégia da AfCFTA.

O fórum foi “um marco importante na busca do país pela integração comercial regional e continental”, e surge na sequência da adesão de Angola à zona de comércio livre da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), refere-se no comunicado.

Os objectivos do evento foram apresentar o esboço e a metodologia da UNECA para orientar o desenvolvimento da Estratégia de Implementação e do Plano de Acção da AfCFTA de Angola, realizar debates com as partes interessadas para obter os seus contributos e perspetivas e explicar a AfCFTA, a sua lógica e os seus protocolos, aponta-se ainda no comunicado distribuído pela Comissão Económica das Nações Unidas para África.

Para Angola, o acordo é uma “prioridade estratégica para impulsionar a diversificação económica, a integração regional e a transformação estrutural em toda a África”, disse a secretária de Estado do Comércio e Serviços, Augusta de Carvalho Fortes, destacando o corredor do Lobito como um projecto que “posiciona Angola como um centro logístico e industrial para a África Austral”.

O acordo de livre comércio é um projecto de integração de mais de 1,4 mil milhões de pessoas e de mobilização de um potencial económico de 3,4 biliões de dólares em África, tendo sido aprovado pela União Africana em 2019, e conta com 49 países que já ratificaram o tratado.

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